"E escandalizavam-se nele. Jesus, porém, lhes disse: Não há profeta sem honra, a não ser na sua pátria e na sua casa." Mateus 13:57
Em jogo de futebol de várzea, "Arranca-Toco" x "Pé-de-Quabra", sobra para juiz da partida aquele que ninguém escolheu para jogar. Quero Fulano, um diz, quero Beltrano, outro diz, e assim por diante até completarem os times. Os que sobraram vão ser o juiz e os bandeirinhas.
Não conheço o nome de um juiz de futebol sequer (Arnaldo César Coelho e Oscar Roberto Godoy, que ficaram conhecidos depois que se tornaram comentaristas). Não existe juiz de futebol famoso ou rico. Não se paga milhões pelo passe de um juiz. Na verdade, juiz de futebol só é lembrado quando faz coisa errada, e aí quem sofre é a mãe dele. Mas não existe partida de futebol sem juiz, e um bom ou mal juiz pode influenciar no resultado do jogo, além de render comentários por vários dias ou semanas. Por isso, quanto mais importante o jogo, melhor também tem que ser o juiz. Não é qualquer juiz que apita um jogo de Copa do Mundo, e mesmo entre esses, não é qualquer um que apita a final da Copa.
Mas porque falar em juiz de futebol. O que tem a ver com sonorização? Tudo! Ser operador de som é parecido com a profissão de juiz.
Se você espera reconhecimento, vá cantar, tocar, pregar. Nunca cuidar do som. Em geral, som é para quem não tem boa voz nem aptidão para tocar um instrumento. São aqueles que "sobraram". Trabalhar no som é ser somente lembrado quando dá problema: microfonia, tiros e estalos, defeitos especiais, etc. Mesmo quando é o músico ou o cantor que erra, as pessoas olham para o operador de som, achando que a culpa é dele. E o pregador dá aquele olhar fulminante na direção do som, e a igreja inteira olha junto. Ainda assim, não dá para ter um culto sem o operador de áudio, e quanto maior a quantidade de pessoas, maior a responsabilidade do som. É função essencial, ainda que ninguém dê muita importância.
Se você espera ser notado, elogios e reconhecimento, esqueça. Como se diz popularmente, é melhor "pendurar uma melancia no peito" ou "usar um chapéu de abacaxi", mas cuidar de som é algo que passará despercebido para todas as pessoas (a menos que dê problema - quando todos vão perceber). Isso é absolutamente normal. Nem entre as lideranças da igreja o som é valorizado. Todos querem saber que hinos serão cantados, o que está sendo ensaiado, mas quando você pede 5 minutos de atenção para explicar o uso correto de um microfone, é a maior má vontade. Comprar material para o som? Está entre as tarefas mais difíceis. É muito mais fácil e tranquilo comprar algo para decoração que qualquer coisa para melhorar o som.
Mas não é só com juiz de futebol que podemos comparar os operadores de som nas igrejas. Podemos comparar com a vida de Jesus.
Jesus veio ao mundo para servir. O operador de som tem essa vida: servir aos músicos, aos cantores. Não servir no sentido de ser subalterno, mas de que nosso trabalho é basicamente ajudá-los a conseguir um resultado melhor do que quando sem os recursos tecnológicos de áudio.
Jesus muitos milagres fez, mas não conseguiu ser reconhecido em Nazaré, cidade onde cresceu. Tanto que disse que "Não há profeta sem honra a não ser na sua própria casa". Por mais que nos esforcemos, o reconhecimento da igreja onde participamos será mínimo.
Jesus, mesmo sem pecado algum, foi humilhado e crucificado. Quantas vezes os operadores de áudio da igreja não são humilhados e "crucificados", mesmo com o problema tendo sido causado algo fora do nosso alcance.
Jesus foi levado à crucificação sem se defender. "Como ovelha muda ao matadouro". Uma das melhores coisas que o operador de som pode fazer é ficar em silêncio, na hora dos brigueiros.
Jesus, mesmo sabendo o destino horrível que lhe aguardava, foi até o fim, pois sabia da importância da sua missão. Quanto aos operadores, muitos não aguentam as pressões (reclamações, cobranças, etc) e desistem pelo caminho.
Mas alguns amam esse trabalho, sabem a sua importância, e perseveram! Sabem que a tarefa é dura, o serviço é pesado, até mesmo sofrido, mas é exatamente por isso que é uma função abençoada. Deus não enxerga as coisas como o homem enxerga. Deus sabe da importância, e do esforço de cada um.
Costumo sempre dizer que som, nas igrejas, é para os valentes. Daví teve milhares de homens nos seus exércitos, mas a Bíblia registra o nome apenas dos seus valentes. Cuidar de som é isso: é ser um dos valentes de Daví, sem esperar reconhecimento de ninguém, a não ser do Rei.
Autor: Fernando A.B. Pinheiro para Som Ao Vivo
Imagem: Globo Esporte
Apostilas: Som nas Igrejas
Olá pessoal estou disponibilizando a 1ª apostila, é uma apostila muito boa e que vocês possam fazer bom uso.
Adoração: uma expressão de amor
Leia o Salmo 78:1-8. Por que Deus quer que o povo lembre sua história? Leia também Deuteronômio 6:6-9 e 1 Coríntios 10:11. Como podemos aplicar esse princípio em nosso contexto e experiência, que são bem diferentes da história deles?
Uma das formas pelas quais Deus Se revela é através da história. No entanto, cada geração deve ter uma nova experiência com Ele, com base nessa história. Por essa razão, não apenas a música, mas a proclamação da Palavra de Deus na adoração é vital tanto para as gerações do passado quanto para as novas gerações, para manter diante das pessoas a liderança de Deus no passado. O salmo 78 é uma advertência de que a história não deve se repetir, mas, ao mesmo tempo, é uma lembrança reconfortante da maneira graciosa pela qual Deus lidou com Seu povo rebelde. Parece haver uma urgência na promessa imperativa, “contaremos à vindoura geração os louvores do Senhor, e o Seu poder” (v. 4). O salmo 105:2 nos convida: “Cantai-Lhe salmos; narrai todas as Suas maravilhas”.
Quantas vezes você já teve a experiência de algo maravilhoso e miraculoso que o Senhor fez em sua vida, mas se esqueceu logo depois e demonstrou medo e falta de fé, quando uma nova crise surgiu? Seja no culto coletivo ou na sua comunhão particular, como você pode aprender a manter viva em sua mente a direção de Deus em sua vida? Por que isso é tão importante?
O que é ADORAÇÃO? Adoramos a Deus mesmo? Estudando a lição com minha linda esposa Chrystiane Araujo chegamos a conclusão que adoração é a sua a minha comunhão com Cristo o que você faz pra Ele e com Ele, sua oração, seu louvor quando você canta, seu cuidado com as coisas de Deus. Mas é difícil não é? É claro que é! Adorar a Deus somente aos sábados no culto divino está bom pra muitos, o JA o culto de domingo e a quarta feira nem se fala, é triste de ver o que será que cada um está fazendo bem no horário dos cultos, estudando a bíblia acho bem pouco provável, alguns realmente estão ocupados com seu trabalho, mas tenho a convicção que a maioria está em casa ou se divertindo. Adorar a Deus, que pergunta não é? Você olhou para o céu hoje? falou com Deus hoje? Deus é muito maior que qualquer coisa deste mundo, não estamos aqui para buscar coisas materiais, estamos aqui para HONRAR o nome de Deus. (Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam).
Temos que Adorar a Deus a cada minuto a cada segundo, temos que proclamar seu evangelho, temos que ir a igreja em quanto podemos para depois não ficar murmurando quando isso for tirado de nós. Temos que parar de ser hipócritas e achar que somos a ultima batatinha do pacote, como foi dito no biblecast 23 o tema que fala sobre a busca da felicidade, que somos FRANGOS, nascemos, crescemos e morremos e esse é o nosso destino neste mundo, não adianta ficar buscando a felicidade aqui, você não irá encontrar o mundo vai de mal a pior, e a única coisas que temos a fazer é ADORAR o nome de Deus, entregar nossas vidas nas mãos dEle e fazer a parte que nos corresponde.
Controle Sonoro
SOCORRO! O SOM ESTÁ MUITO ALTO!
Em muitas ocasiões, quando participamos de cultos nas nossas igrejas, ouvimos os irmãos dizerem o seguinte: “O som está muito alto!”. Não quero aqui discutir as razões pelas quais os níveis de intensidade sonora que adotamos em nossas reuniões são tão altos porque creio que já os conhecemos muito bem. Minha intenção em trazer esse assunto à baila é mostrar a você os prejuízos que essa prática tem trazido à nossa saúde e aos nossos relacionamentos.
O problema que envolve os altos níveis de pressão sonora (conhecido como volume), que a partir de agora chamarei “níveis de SPL”, precisa ser analisada por dois pontos de vista: interno e externo. O ponto de vista interno está relacionado à saúde auditiva do povo que assiste em nossos templos enquanto o ponto de vista externo está ligado ao incômodo que levamos aos vizinhos de nossas igrejas. Vamos tratar das duas abordagens individualmente.
Altos níveis de SPL no interior dos templos
Já ouvi algumas pessoas dizendo que “se o barulho que é produzido dentro dos templos não incomodar aos vizinhos, não importa o que fazemos ali”. Devo discordar veementemente dessa postura. Nós, os operadores e técnicos de som, somos responsáveis pela saúde auditiva das pessoas que freqüentam nossas igrejas.
Há inúmeros estudos científicos que comprovam os prejuízos à saúde causados por exposição continuada a altos níveis de SPL. Um desses prejuízos é a Perda Auditiva Induzida por Ruído, conhecida como PAIR, que é irreversível.
A PAIR manifesta-se, primeiramente, com a perda de sensibilidade para as freqüências de 3, 4 e 6 kHz, região onde está concentrada a inteligibilidade da fala. Perdas auditivas nessa faixa de freqüência certamente causarão prejuízos à comunicação. À medida que a PAIR se aprofunda, perdas nas freqüências de 500 Hz, 1, 2 e 8 kHz são percebidas.
A submissão contínua a altos níveis de ruído tem reflexos em todo organismo e não somente no aparelho auditivo. Ruídos intensos e permanentes podem causar vários distúrbios, alterando significativamente o humor e a capacidade de concentração (efeitos psicológicos), além de provocar interferências no metabolismo de todo o corpo (efeitos fisiológicos). Observe, na Tabela 1, alguns desses efeitos.
Efeitos Psicológicos | Efeitos Fisiológicos |
Perda de concentração | Perda auditiva até a surdez permanente |
Perda dos reflexos | Dores de cabeça |
Irritação permanente | Fadiga |
Insegurança quanto à eficiência de seus atos | Loucura |
Embaraço nas conversações | Distúrbios cardiovasculares |
Perda da inteligibilidade das palavras | Distúrbios hormonais |
Impotência sexual | Gastrite |
Disfunção digestiva | |
Alergias | |
Aumento da freqüência cardíaca | |
Contração dos vasos sangüíneos |
Tabela 1 – Efeitos Psicológicos e Fisiológicos da Exposição a Altos Níveis de SPL
Esses efeitos causam também a dispersão dos ouvintes que, incomodados com a aspereza da sonorização, afastam-se da adoração genuína e da compreensão da Palavra pregada.
Outros estudos estabeleceram os limites diários para exposição a altos níveis de ruído, conforme demonstrados na Tabela 2.
Nível de Ruído em dB(A) | Tempo de Exposição Diária |
85 | 8 horas |
90 | 4 horas |
95 | 2 horas |
100 | 1 hora |
105 | 30 minutos |
110 | 15 minutos |
115 | 7 minutos |
Tabela 2 – Limites para Exposição Diária a Altos Níveis de SPL
Sempre que possível, devemos usar protetores auditivos quando expostos a níveis de SPL acima de 85 dB(A) e evitar exposições a valores acima de 100 dB(A). Para que você tenha uma idéia ao que estamos submetendo nossos irmãos, observei por meio de medições utilizando um decibelímetro (medidor de intensidade sonora), que na maioria de nossas igrejas são atingidos níveis de SPL entre 95 e 110 dB(A) durante os momentos de louvor.
Altos níveis de SPL no exterior dos templos
Outra preocupação que devemos ter, e não menos importante, é com o bem-estar dos vizinhos das nossas igrejas. Em muitos casos, eles são afastados da Palavra pelo mau comportamento que adotamos ao utilizar volumes extremamente altos em nossas programações, ignorando o incômodo que lhes causamos.
Havia uma determinada igreja vizinha à minha casa que não sabia por que razão as pessoas que moravam em seu entorno não freqüentavam suas programações. Certa vez eu estava em meu quarto preparando uma aula quando o culto naquela igreja começou. O barulho era tanto que resolvi realizar uma medição com meu decibelímetro. Para minha surpresa medi, dentro do meu quarto, 105 dB(A). Gostaria de ressaltar que minha casa ficava do outro lado da rua (distante cerca de 20 metros) e a parede da igreja que estava de frente para mim não possuía janelas. Agora imagine: se dentro da minha casa, do outro lado da rua, o nível de barulho atingiu 105 dB(A), qual não era seu valor no interior do salão?
Esse exemplo serve para demonstrar como o barulho pode afastar aqueles que queremos alcançar. “Bom...”, você me dirá: “Paulo incomodava as pessoas por onde passava. Importa que obedeçamos a Deus e não aos homens”. Muito bem, o texto bíblico em Atos 16:20 realmente afirma isso, mas nesse caso, o que incomodava não era o barulho, mas a Palavra de Deus. Quando a Palavra incomoda, as pessoas [sinceras] são atraídas; quando é o barulho incomoda, elas se afastam.
A maioria das cidades tem legislação que disciplina o controle de emissão de ruídos. Aquelas que não possuem esse tipo de lei específica se apóiam em legislação federal que trata do assunto. Há uma resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), Resolução nº 01/98, que determina a utilização, como referência, das normas da ABNT 10.151 e 10.152 para a elaboração de leis de controle de ruídos.
Procure conhecer essas leis e normas. As leis, em geral, estão disponíveis para download nos sites de Internet das prefeituras e as normas da ABNT podem ser adquiridas diretamente naquele órgão. Faz parte de sua função, como responsável pela sonorização de sua igreja, conhecer as leis que regem sua atividade para que, dessa forma, você possa demonstrar respeito e interesse pelo bem-estar dos seus vizinhos.
Para terminar...
... gostaria que você analisasse bem essas informações e tomasse atitudes construtivas em relação a esses problemas. Há profissionais que podem ajudar na medição dos níveis de SPL praticados por sua igreja dentro e fora de suas paredes. Procure-os para melhorar as condições de conforto daqueles que freqüentam seus cultos e não incomodar aqueles que residem próximo a vocês. Independentemente disso, você certamente pode baixar um pouco mais o nível de SPL atirado sobre seus ouvintes e vizinhos.
Abraços.
David Fernandes
Tecnólogo de Telecomunicações
Membro da Audio Engineering Society (AES)
david@audiocon.com.br
(27) 8815-9947
Tecnólogo de Telecomunicações
Membro da Audio Engineering Society (AES)
david@audiocon.com.br
(27) 8815-9947
Conectores e Plugs
Uma ligeira observação em qualquer loja de componentes eletrônicos constatará que existe grande diversidade de conectores bem como vários fabricantes de cada tipo. Afinal, para que tantos modelos e variações se a função do conector é simplesmente servir de finalização para as vias de um cabo, conduzindo o sinal trazido por ele ao próximo aparelho ou componente do sistema? Ao longo dos anos vários conectores foram ou adaptados de outros campos (como a telefonia) ou desenvolvidos especificamente para aplicações no áudio. Foram ficando os que eram mais adequados em resistência mecânica, facilidade de uso ou outras características técnicas.
Como o propósito fundamental na escolha de um conector é prover um meio de ligação a determinado equipamento, o interessante, quando consideramos um sistema, é que aproveitemos as características de cada conector evitando sempre que possível a utilização de um mesmo tipo de conector para funções diferentes para que, num momento de pressa ou distração, um aparelho não seja danificado pela conexão de um sinal impróprio porque aceitava um plug com sinal adequado para outra função! Ao longo da minha vivência em sonorização, em dois momentos inesquecíveis, pessoas que me auxiliavam chegaram a ligar a saída dos amplificadores nas entradas da mesa de som porque ambos aceitavam um plug P10 mono!
Comecemos pelos sinais mais fracos - os de microfones. Conforme vimos no último artigo o ideal é que se empregue microfones e equipamentos balanceados. Portanto os microfones de padrão profissional terão três pinos em suas saídas destinados a receberem uma fêmea XLR linha
ou Canon - caso em que o fabricante acabou se tornando nome genérico para o plug como aconteceu com o termo Gillette). Na outra ponta do cabo deverá haver, portanto, um conector XLR macho
conectando o cabo ou à medusa (caixa de múltiplos conectores de um multicabo onde as entradas de sinal são recebidas por fêmeas XLR painel).
(e os retornos de sinal por machos XLR painel) ou diretamente às entradas de microfones de sua mesa de som ou mixer.
Obs.1: Algumas mesas de som, de projeto inferior, utilizam entradas de microfone com conectores fêmea P10 ou jacks às vezes mono (muito ruim), às vezes estéreo (um pouco melhor por conduzir o sinal balanceado, porém sem dispositivo de trava).
Obs.2: Utilizo o termo estéreo em referência ao conector P10 tão somente para diferenciar este, composto de três contatos, ponta, anel e terra (no Inglês TRS de Tip, Ring, Sleeve),
do plug mono (dois contatos Tip e Sleeve).
Neste contexto não estamos tratando da técnica de reprodução de sons por estereofonia, utilizando dois canais com sinais diferentes, apenas o plug P10 de três contatos recebe este nome por ser empregado em fones de ouvido estéreo.
No nível acima dos sinais de microfones, estão os de nível linha no qual os sinais trafegam entre aparelhos e aparelhos ou instrumentos. Tipicamente veremos dois tipos de conectores empregados novamente o XLR ou o P10. O XLR é o preferido porém vários fabricantes de equipamento profissional oferecem jacks (fêmeas P10) para receberem tanto o plug estéreo, no caso de sinais balanceados, quanto o mono no caso de sinais não balanceados. Até há pouco tempo o XLR oferecia a vantagem de ser o único com trava porém, atualmente, uma empresa suíça oferece jacks P10 com trava.
Assim como um criativo jack Combo que aceita todos os três tipos de plug macho descritos até aqui
Existe ainda o plug RCA
cuja fêmea RCA
é encontrada na saída de tape decks, aparelhos de CD (do tipo não portátil) e os, já quase obsoletos, toca-discos de vinil. Por oferecer apenas dois contatos este plug não conduz sinais balanceados e geralmente indica que o equipamento que o utiliza não é destinado ao uso profissional. Obs.3: Alguns fabricantes de equipamento de alta qualidade, e plenamente profissional, ainda oferecem entradas e saídas RCA em seus painéis para facilitar a conexão a gravadores CDs, MDs etc. to tipo prosumer (termo do Inglês que mescla profissional com consumer indicando equipamento originalmente destinado ao mercado doméstico - consumer - porém de qualidade compatível com equipamentos profissionais). Este nível prosumer ganhou seu espaço por alguns fabricantes aumentarem absurdamente o preço dos seus modelos com saídas balanceadas - as vezes colocando estas em modelos de decks ou toca CDs com características técnicas inferiores aos seus modelos da linha prosumer!
O último nível é o amplificado, conectando os cabos dos amplificadores às caixas de som. Embora existam no mercado nacional muitos modelos que ainda empreguem o plug P10 para a entrada das caixas e alguns até o XLR. A tendência internacional (para equipamento de porte para sonorização de igrejas) tem sido o emprego do plug Speakon que possibilita conectar até 4 polos (caixas biamplificadas) com um plug praticamente indestrutível
(Exceção foi o caso de um cantor que caiu do palco em cima de um Speakon conectado a uma caixa de sub-graves. Quebrou...). Na saída dos amplificadores e entradas de algumas caixas, além do Speakon macho painel
é comum encontrarmos duas fêmeas banana às quais se pode conectar um cabo ou direto (com o próprio fio preso na fêmea),
ou por meio do plug banana duplo ou MDP que é muito fácil de se conectar, porém é desaconselhável em locais onde há muita movimentação pois não tem trava e pode ser desconectado com um mero puxão do cabo.
Obs.4: Infelizmente é muito comum encontrarmos vendedores que chamam o plug P10 de "banana". Deve-se evitar este uso para não fazer confusão ao ler manuais de equipamentos importados onde são especificados os verdadeiros conectores banana (vide ilustração).
Incluo abaixo a tabela que mostra os modelos de conectores e suas aplicações.
Obs.5: Temos falado com certa insistência na importância de equipamentos serem balanceados por evitarem interferências e proverem um nível ótimo de sinal (a inclusão de um componente não balanceado num sistema impedirá que este atinja a faixa dinâmica alvo de 96dB) Estas recomendações são imprescindíveis para a qualidade em sistemas de sonorização ao vivo. Existe um grande número de aparelhos (aumentado pelos programas de áudio baseados em computadores) que não possuem saídas balanceadas. Muitos destes acabam sendo empregados em estúdios de “garagem” onde funcionam sem maiores problemas por estarem a pouca distância das mesas de som e gravadores, minimizando assim o potencial de perdas e interferências. Isto não altera o fato, porém, de que as melhores placas de áudio (processamento em 24 bits) tem saídas balanceadas e que qualquer estúdio que opera com nível balanceado ao longo de todo o caminho do sinal terá isenção de interferências além dos benefícios sonoros conferidos por uma faixa dinâmica maior.
David B. Distler
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